segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Arma

Olhos passivos à noite e ao dia,
Pés na terra ou no concreto da esquina.
Em cada beco estaciono o olhar,
Em cada pôr do sol 
Puxo o lençol 
Para cobrir a vergonha 
Ou a insônia,
Ou para sufocar o medo capital
Que pode ser cruel 
Pra quem não bebe o féu
Da superfície.

Metropolio insegurança
Diante de olhos, de face, do ferro frio
Dos que querem roubar nossa música, 
Nossa noite, nossa ingenuidade,
Nossa força de vontade.

Da insatisfação ao seu gesto 
Indigesto.
Aqueles que precisam de conforto
Ao se depararem sóbrios com a realidade
Monopolizam
Na capital caótica, colérica
Onde caminha por embalos
No pêndulo da indiferença 
O ser humano que desiste
Que o ser humano des existe,
O ser humano diz que existe.

(GB - 18)

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