Visceral.
Bicho que come,
Percorre caminhos
Sob a pele,
Fúngico insalubre
Se alimentando do que estava parado.
Regenerando o sistema,
Come a morte celular
E a luz, ao penetrar,
Mata, empurra de volta pra terra.
Enterra
O que estava no caminho do vazio,
O que bloqueava a energia aquosa.
Eufagia mórtula que nasce na ínsula
De estar a regenerar
E me comsumir de dentro pra fora.
Fora
Dentro
Eu
Mundo
Universo debaixo das unhas,
Casa de bichos,
Bolsa sangue,
Rio de água,
Éter de fogo
Cravada na terra,
Gravada no eco,
Preenchida pela vento.
Estoura,
Abre,
Expande caminhos.
Outras portas, faz túneis
Em lama quente
Como os bichos
Debaixo da pele.
Se alimenta do próprio caminho
Em si
Até si mesmo.
(GB - 20)
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