segunda-feira, 29 de abril de 2019

Metá Metá




Una, dupla
Bi não binária
Panteísta siamesa
Lunática e telúrica
Porta que abre, porta que fecha
Brasa líquida, lama de pedra
Metá metá metamorfose
Constrói ninho em concreto
Oculta a morte que nasce
Redemoinho em brisa mansa
Deserto no cais
Caos e calmaria
Sã em gritaria
Amaria, se não tivesse torpor
É o umbigo que centra a ambiguidade dentro
Borbulha cria se tivesse atividade
Expansão contraída
Ventania e lágrima escorrendo pelas beiradas
Coração que pesa de tanto calor
Pulsa e para
Pulsa e para
Transmuta, muda
É peregrino, estrangeiro, viajero
E embarca, barca casa em si
Guarda tudo dentro pra expandir
Metá metá metamorfose
Fruto provido entre macho e fêmea
Numa linhagem geracional, gerou-se a própria linha:
A corda bamba
Só não caia!

(GB - 20)

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