terça-feira, 3 de novembro de 2015

Circo Social

A essência anda disfarçada de banal.
Só se vê a luz quando está escuro,
Só se vê quem limpa quando está sujo,
Só sentimos o monstro quando está tudo vazio. 
A tinta só pinta um grande monótono.
A falta de fluxo pelo controle remoto.

Nem um átomo de fé te faria completo.
Se força um riso amarelo com tal besteira.
Usando o superficial para atingir e não cair,
Fez do belo tamanho absurdo.
Não se enxerga o que está surgindo.

A decadência gera hipocrisia,
A hipocrisia alimenta a moda,
A moda cria a depressão,
O que não falta é quem tenha razão.

No mesmo circuito os olhos caminham parados,
A mente funcionando por mecanismo programado,
O mundo girando por embalo, por abalos.
Sempre reto, sempre o círculo, sempre o ciclo do quadrado.

Nada mais importa quando seu ego infla.
A loucura é que deveria ser ouvida,
Mas final das contas o certo é sempre impossível,
É o que não se pode,
É o que não se consegue fazer.

(GB - 17)

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