No reflexo da luz
Das gotículas de vapor
Que se colam
E expelem aos poros.
Nos dedos batendo,
Dançando no couro do tambor.
Nos pés batendo no chão,
No canto ancestral entoado.
No ler de textos,
Na fumaça densa,
No cheiro de filosofia,
Está encravada a ancestralidade
Que traz nossos fantasmas,
Os fantasmas que fomos nós.
Dionísio em luz apolínea.
Evocar piratas é nossa especialidade
Pelo movimento de ciscos na vibração dos fantasmas,
No ar de Vangogh.
A arte come as paredes
Em um movimento antropofágico,
Arte encravada no cimento e cal
Comendo e expelindo tintura.
A resistência está impregnada
Até no concreto do chão suspenso
Que aguenta os saltos de artistas
Que resistem como chão.
Artistas saindo de dentro das paredes.
(GB - 19)
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