Algum dia
O próprio vício vai engolir,
Digerir
No querer regorgitar
A acidez que consome
Em compulsão.
Não pertencer mais aos próprios poros,
Há espaço demais,
Há buracos demais,
Há pele demais
Engolindo os ossos.
O maciço se faz
E a translúcides
Some da superfície espessa.
Onde está dentro de si?
Na busca de sair de novo para fora
Abrindo essa camada estranha,
Acaba por abastecer ela ainda mais.
Colocando pra dentro
Dentro
Dentro
Dentro
Em um ciclo com pulsão
Compulsão.
Enquanto o mundo grita
Compulsivamente
Menos
Menos
Menos
Até você sumir.
(GB -19)
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