Sinto a força,
Pulso e grito.
Flor querendo sair pela garganta,
Esperança que carrego no que fito
Ou desespero do minuto a passar.
Esperar ou cantar?
Escrever ou viajar
No bamboleio da vontade de dançar?
Construo, então, frases fora do prumo:
É energia criativa a socar
O estômago,
Escalando a faringe,
Querendo sair pela garganta.
Num palco, pular até cair e soar.
O que a inspiração quer trazer
Que a expiração não traz?
Não é matéria, nem liquefeita, não veio à mão.
É como uma penujem, uma nuvem, um devaneio...
Talvez a loucura dando a desculpa de estar a artistar-se.
(GB - 19)
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