quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Terapia de auto-serenata pandêmica: sem paixão e ninguém além desse corpo pra ocupar pensamentos e buscando viver o tal do tão dito amor próprio de isolamento solitudinal, pra não colapsar comigo, ando me permitindo, sem medo de parecer louca aos meus olhos, ouvir todas as músicas românticas sob o ponto de escuta de um diálogo interno de mim pra eu mesma. Estranhamente todas as músicas fazem sentido, principalmente as de decepções amorosas e abandono. E de repente eu me vi assim completamente seu, sem você não há caminho eu não me acho, descabelada, diva, súbita, se você for embora vou virar mendigo, eu vou bater de frente com tudo por ela, topar qualquer luta, pelas pequenas alegrias da vida adulta, eu posso ver o que tem dentro de você e te dizer o que existe em mim. Não vou mais fantasiar declarações ou desabafos de verdades do amor pensando em outrem. Eu me faço tudo isso por mim.

(GB - 23)

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